O doleiro Dario Messer afirmou, em diálogos com sua namorada, Myra Athayde, que pagou propinas mensais ao procurador da República Januário Paludo, integrante da força-tarefa da Lava Jato no Paraná. Os pagamentos teriam ligação com uma suposta proteção ao “doleiro dos doleiros” em investigações a respeito de suas atividades ilegais. A informação é do UOL. As conversas ocorreram em agosto de 2018 e foram obtidas pela Polícia Federal do Rio de Janeiro no âmbito das investigações que basearam a operação Patrón, última fase da Lava Jato do Rio.
Em outubro, a PF elaborou um relatório sobre o conteúdo das mensagens. No documento, o órgão diz que o assunto é grave e pede providências sobre o caso. Procurada pelo UOL, a Lava Jato do Rio informou que o relatório já foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que deverá definir as providências que serão tomadas. Já a força-tarefa de Curitiba afirma que Paludo preferiu não se manifestar. Paludo é um dos procuradores mais antigos na Lava Jato. Por ser membro do MPF desde 1992, ele sempre foi tido como referência para os membros da força-tarefa.