A direção do PT decidiu tomar medidas para equilibrar suas finanças após adquirir uma dívida superior a R$ 4 milhões depois da campanha eleitoral, segundo a coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo. Viagens de funcionários e dirigentes serão suspensas até janeiro. A folha de pagamento do diretório nacional será revista, assim como aluguéis e contratos com prestadores de serviços. “As reservas financeiras mantidas pelo PT esgotaram-se”, diz comunicado assinado pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, e pelo tesoureiro, Emídio de Souza. Ainda de acordo com a coluna, os petistas dizem que o dinheiro do Fundo Partidário, que deve render R$ 93 milhões para a legenda no próximo ano, é insuficiente para seus compromissos.
Eles planejam lançar uma campanha de arrecadação na internet e pedir contribuições a parlamentares e filiados. Segundo a publicação, os dirigentes também prometem apresentar em breve à executiva nacional novas regras para controle interno, incluindo um sistema de conformidade nos moldes dos que têm sido adotados por empresas para inibir a prática de corrupção. A coluna detalha que outra preocupação dos petistas são as ações que enfrentam na Justiça. A Procuradoria-Geral da República pede a devolução de R$ 19 milhões do Fundo Eleitoral gastos no período em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve registro como candidato mesmo preso.