O julgamento do ex-policial bolsonarista Jorge Guaranho, acusado de homicídio após atirar contra um guarda municipal petista em 2022, foi suspenso após a defesa dele acrescentar novos documentos no processo. A incorporação dos textos impediu que eles fossem analisados nesta quinta-feira (4), por isso a audiência foi adiada para dia 2 de maio.
Os novos documentos foram incorporados durante a tarde desta quarta-feira (3). “São mais de duas mil páginas. Tem laudos, documentos, cinco horas de vídeo, não tivemos tempo hábil nem mesmo para fazer uma análise”, afirmou o advogado de defesa Samir Mattar Assad.
Já o promotor de Justiça, Luiz Marcelo Mafra, afirmou que o adiamento do julgamento “foi uma afronta às normas processuais”, mas não deve impactar negativamente na linha de acusação. “A defesa se portou como a dona da bola, do tipo ‘ou é do meu jeito, ou não tem partida’. Infelizmente fomos surpreendidos com essa postura”, disse.
RELEMBRE O CASO
Em julho de 2022, Guaranho atirou contra o guarda municipal Marcelo Arruda, que comemorava seu aniversário de 50 anos na ocasião. A temática do evento era o PT e a festa estava repleta de imagens remetentes ao partido, assim como fotos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Descontente com o tema, o policial invadiu o evento e assassinou o aniversariante. (Metro 1)