Integrantes do governo Michel Temer dizem ter informações de que a pior parte das delações já foi divulgada. Segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, pessoas ligadas à Operação Lava Jato afirmam, no entanto, que os depoimentos de Marcelo Odebrecht e de seu pai, Emílio, ainda devem render problemas ao presidente. Nos bastidores do Planalto, a cúpula tem maior receio da provável colaboração do ex-presidente da Câmara e deputado cassado, Eduardo Cunha (PMDB). A expectativa do peemedebista era de que seus aliados o ajudassem a tirar da prisão de forma breve – preso há dois meses, já está sem ficando sem paciência. No Planalto, a convicção é de que o ex-parlamentar falará mesmo que a Lava Jato não aceite fechar um acordo de delação premiada. No roteiro de seu depoimento, Marcelo Odebrecht chegou a citá-lo, afirmando que ele sugeriu a contratação da Kroll, empresa de investigação corporativa, que poderia monitorar o andamento da operação. O empreiteiro garante que não aceitou a sugestão.