A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu que as gravações do interfone na portaria do Condomínio Vivendas da Barras, usadas como prova na investigação do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, não sofreram adulteração de seu conteúdo. O sistema de gravação do condomínio passou a ser analisado após um porteiro afirmar em dois depoimentos que foi Bolsonaro, morador da casa 58, quem autorizou a entrada do ex-PM Élcio de Queiroz, também acusado no crime, a entrar no condomínio no dia do homicídio. Tanto o presidente Jair Bolsonaro como o policial militar aposentado Ronnie Lessa, também acusado de envolvimento da morte da vereadora, moravam no condomínio.
A planilha de controle de entrada também mostrava a casa 58 como destino do visitante. Élcio e Lessa se encontraram no Vivendas da Barra pouco depois das 17h para em seguida, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, partirem juntos até o local do crime, ocorrido às 21h15. À época, quando o depoimento do porteiro veio à tona, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, divulgou em suas redes sociais que o nome do arquivo indicava que a ligação da portaria havia sido feita para a casa 65, de Lessa.