O último deputado estadual do MDB a anunciar a saída é Pedro Tavares. O parlamentar preside o diretório do partido na Bahia e foi responsável pela montagem de diversas comissões provisórias de uma legenda que chegou a ter mais de 110 prefeitos eleitos em 2004. A saída de Pedro Tavares, assim como dos outros deputados estaduais, é em harmonia com Lúcio Vieira Lima. O deputado federal se tornou entrave para coligação com a provável candidatura do prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) ao governo do estado. Neste sentido, o MDB deve sair sozinho ou numa coligação com partidos com menor representação. Este é outro problema que enfrentariam os deputados da sigla. Legendas com pouca ou nenhuma representação lançarão muitos candidatos com perspectiva de baixa de votação para tentar atingir o coeficiente eleitoral. Pedro Tavares teve mais de 77 mil votos na última eleição e nestas condições teria larga vantagem sobre os postulantes sem mandato. Luciano Simões (58.319), Hildécio Meireles (48.143) e David Rios (41.777), além de Leur Lomanto também. Caso continuassem no MDB eles passariam a ser o “problema” para uma eventual coligação que Lúcio Vieira Lima tente fechar. Não se pode ignorar, no entanto, que o veto à participação na chapa que tende a ser encabeçada por Neto somado ao desgaste do partido com todos os escândalos envolvendo Geddel Vieira Lima sacramentaram este processo de debandada. Sobre o caminho de cada um, o que se sabe até o momento é que os cinco pretendem aportar partidos que participem do chamado “chapão”. Irão esperar Neto anunciar a decisão, que a cada dia fica mais clara que já foi tomada e será pela candidatura, e em conjunto decidirão o rumo ou os rumos.