A ex-candidata à presidência, Simone Tebet (MDB), anunciou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. O pronunciamento foi feito em São Paulo nesta quarta-feira (5), durante encontro com a imprensa. A senadora já havia sinalizado após o resultado da primeira etapa do pleito que não iria se omitir no segundo turno.
“O Brasil foi abandonado nos últimos quatro anos. A negação atrasou a vacina. A mentira feriu a verdade. O Brasil voltou ao mapa da fome. Mantenho minhas críticas a Lula, mas depositarei nele o meu voto. Reconheço nele o compromisso com a democracia e com a Constituição”, afirmou Tebet.
A senadora também “se desculpou” aos colegas, os quais, segundo ela, pediram por uma posição de neutralidade no segundo turno. Tebet afirmou que uma possível perda de capital político é irrelevante perante a disputa eleitoral entre Lula e Bolsonaro.
“Me desculpo com amigos e companheiros que imploraram pela neutralidade, preocupados com a eventual perda de algum capital político. O que está em jogo é muito maior do que cada um de nós”, declarou Tebet.
Com as polêmicas religiosas em alta durante o segundo turno, a ex-candidata também fez um “desabafo” sobre o papel dos religiosos nestas eleições e pediu respeito ao próximo durante a segunda etapa do pleito deste ano.
“Do que vale ir às nossas igrejas proclamar nossa fé, se não somos capazes de pregar o evangelho e o respeito ao nosso próximo, aos nossos lares, ao nosso ambiente de nosso trabalho e nas ruas de nossa pátria”, comentou.
INCORPORAÇÃO DE PROPOSTAS
Após aderir três propostas do PDT “em troca” do apoio de Ciro Gomes (PDT) durante o segundo turno, Simone Tebet também sugeriu a incorporação de cinco projetos ao plano de governo de Lula.
- Elas são:
- Em educação: Ajudar os municípios a zerar as filas para o ensino infantil das crianças de 3 a 5 anos, além de reforço no ensino médio técnico oferecendo um valor de R$ 5 mil para evitar evasão;
Em saúde: Zerar as filas de consultas, exames e cirurgias. Aumentando os repasses para o Sistema Único de Saúde (SUS);
Economia popular: Resolução do endividamento das famílias, principalmente as que ganham até três salários mínimos;
Sancionar a lei prevê a igualdade salarial entre homens e mulheres que possuam currículos e cargos semelhantes;
Criação de um Ministério Plural, com homens, mulheres, negros e pessoas com deficiência, os selecionando com base de critérios de competência e ética.