Pelo menos dois novos fardos de borracha foram encontrados deste domingo (12) na praia da Pituba, em Salvador. Banhistas localizaram o material na areia nas primeiras horas da manhã. Duas ‘caixas misteriosas’ apareceram também nas praias de Algodões e Taipu de Fora, na Península de Maraú.
Até o final da manhã deste domingo, a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), responsável por fazer a remoção do material, disse que não havia sido informada sobre os fardos encontrados.
‘Caixas misteriosas’ são fardos de borracha de navio nazista que estavam afundados no mar há 80 anos, diz pesquisador A empresa acrescentou que outros 19 fardos de borracha encontrados nas praias, desde de 31 de agosto, foram destinados ao Aterro Metropolitano Centro, onde é feito o descarte correto destes resíduos.
A Capitania dos Portos da Bahia informou que monitora a ocorrência de fardos em várias praias do litoral baiano. Desde o início de agosto, caixas de borracha têm aparecido na costa do estado.
As primeiras caixas encontradas em Salvador foram vistas em 2 de agosto, na praia do Flamengo. Outros materiais da mesma natureza apareceram também nas praias de Amaralina e nas regiões de Jauá (em Camaçari) e Costa do Sauípe (em Mata de São João), na região metropolitana.
À época, a Marinha informou que os pacotes têm sido encontrados no litoral do Nordeste desde 2018 e não foi registrado nenhum acidente náutico que justificasse o aparecimento dessas caixas. Segundo o órgão, o material não tem características poluentes. De acordo com o oceanógrafo Carlos Teixeira, pesquisador do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC), o material pertence a um navio nazista alemão afundado no mar há mais de 80 anos.
Inicialmente, os fardos de borracha eram chamado de “caixas misteriosas”. No início de agosto, ao menos oito apareceram na Praia do Flamengo, no bairro de Stella Maris, orla da capital baiana. Na época, o material foi removido pela Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb).
As caixas foram retiradas da faixa de areia com auxílio de um caminhão com guindaste, por causa do peso. Segundo a Limpurb, a Marinha coletou uma amostra para avaliar junto com o Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Informações do G1