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MOTORISTAS E FAXINEIROS FORAM PROFISSIONAIS QUE MAIS MORRERAM EM 2021

Foto: Reprodução

Com o avanço do contágio pela variante da Covid-19 Ômicron e o começo da falta de leitos médicos para atender os pacientes no país, a eventual paralisação de serviços não essenciais volta a ser discutida como possível solução para impedir um novo colapso do sistema de saúde.

Alguns profissionais, entretanto, não podem se dar ao luxo do lockdown. Expostos à doença, motoristas de caminhão (5.960 vítimas), porteiros de edifícios (3.185 vítimas) e faxineiros (4.697 vítimas) foram os trabalhadores formais que mais morreram em 2021.

Em comum, todos têm o contato direto com o público. Aliás, dentre as 10 ocupações que mais tiveram contratos desligados no ano passado por morte, têm o trabalho presencial como principal modelo de negócio. As informações constam de um levantamento feito pelo Ministério do Trabalho e Previdência a pedido do Metrópoles.

Na lista, aparecem ainda vigilantes (2.447 vítimas), serventes de obras (1.750 vítimas), motoristas de ônibus (1.458) e vigias (1.328) como os profissionais que mais morreram em 2021.

Ocupações 2021 Desligamentos Mortes
Motorista de caminhão 435.421 5.960
Faxineiro 747.309 4.697
Vendedor de comércio varejista 978.613 3.370
Porteiro de Edifícios 182.643 3.185
Auxiliar de escritório 659.732 2.765
Alimentador de linha de produção 831.542 2.637
Vigilante 169.093 2.447
Assistente administrativo 488.165 2.269
Servente de obras 586.912 1.750
Motorista de Ônibus Urbano 51.616 1.458

Na via contrária, enquanto 5960 caminhoneiros vieram a óbito no ano passado, o levantamento revela que nenhum psicólogo, diretor de marketing ou corretor de seguros teve contrato encerrado por morte. As profissões adotaram, em sua maioria, o home office durante a pandemia, em razão da facilidade de migrar o trabalho para o ambiente virtual.