Invicta e com 100% de aproveitamento, a seleção brasileira busca dar mais um passo importante na Copa das Confederações, nesta quarta-feira (26). O Brasil encara o Uruguai às 16h, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte-MG, pela fase semifinal do torneio. O vencedor avança para a grande decisão, domingo (30), contra o ganhador do duelo entre Espanha e Itália, que jogam quinta, no Castelão, em Fortaleza-CE. Em caso de empate no tempo normal, haverá prorrogação e, se for preciso, pênaltis.
Mesmo após 63 anos, é impossível não falar no Maracanaço, como ficou conhecida a derrota da Canarinho para a Celeste por 2×1, no Maracanã, na final da Copa do Mundo de 1950. Seco, o técnico Luiz Felipe Scolari procurou espantar qualquer tipo assombração. “Não há lado psicológico que influencie por causa disso”, enfatizou.
Fantasmas à parte, o Brasil vive um momento melhor do que o Uruguai, sobretudo em edições da Copa das Confederações. A Canarinho detém o recorde de vitórias consecutivas no torneio (dez) e de jogos sem derrota (11). Por sua vez, o time uruguaio vem resgatando o costume de ser algoz de anfitriões. Foi assim na Copa de 2010, quando bateram a África do Sul por 3×0, e na Copa América de 2011, quando a Celeste eliminou a Argentina e foi campeã.
“Sempre um clássico sul-americano é bem disputado, independentemente de qual competição for, tem sempre disputas mais fortes. Se for na Libertadores, nos jogos com os argentinos também é assim. Sabemos disso”, avaliou Felipão.
O volante Paulinho, recuperado de lesão no tornozelo esquerdo, volta após ser poupado contra a Itália. Assim, o técnico brasileiro escala mais uma vez a seleção considerada ideal por ele. Time que, disse o treinador, está lhe dando retorno até maior do que esperava após cinco jogos – antes da Copa das Confederações, empatou com a Inglaterra por 2×2 e fez 3×0 na França em amistosos – e ainda em formação.
“Avançamos alguns passos, em ter uma equipe quase formada e uma tática de jogo praticamente definida”, avaliou Felipão, em entrevista coletiva nesta terça-feira (25) em Belo Horizonte. Ou seja, mesmo em caso de um tropeço nesta quarta-feira, ele não vai mudar radicalmente os rumos da seleção, cujo objetivo principal é a disputa da Copa do Mundo de 2014, que também acontecerá no Brasil.
Óscar Tabárez, treinador da seleção uruguaia, é só elogios ao Brasil, mas não deixou o tom provocador de lado ao lembrar que derrotou a África do Sul, país-sede da Copa do Mundo de 2010, por 3×0 na primeira fase. “Quero dizer ao Brasil que sabemos enfrentar e derrotar o país-sede. Mas logicamente que temos grande respeito pelo Brasil, pela qualidade de seus jogadores e pelo fato de ser um gigante que vai jogar em casa”, disse Tabárez.
Destaque do time, o meia Diego Forlán, que defende o Internacional, disse que o Uruguai vai precisar de paciência para vencer. Ele espera uma pressão inicial da seleção brasileira. “Vamos precisar de muita tranquilidade, paciência para conseguirmos evitar que o Brasil possa se impor e para colocarmos o nosso estilo prevalecendo dentro de campo”, afirmou Forlán.
O desfalque uruguaio é o zagueiro Andres Scott, expulso diante dos taitianos. Mas como o jogador é considerado reserva imediato de Diego Lugano, que estará em campo, a Celeste também poderá comemorar o fato de ter todos os titulares à disposição para o duelo contra o Brasil.
Brasil: Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk, Neymar e Fred. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Uruguai: Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godín e Martín Cáceres; Arévalo, Álvaro González e Cristian Rodríguez; Diego Forlán, Luis Suárez e Cavani. Técnico: Oscar Tabárez.
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Árbitro: Enrique Osses-CHI. Assistentes: Carlos Astroza e Sergio Roman (ambos do Chile).