O corpo de Claudia Ferreira da Silva, de 38 anos, foi enterrado na manhã desta segunda-feira, no Cemitério do Irajá, na Zona Norte. Cerca de 100 amigos e familiares da auxiliar de serviços gerais estiveram presentes no velório, que acontece desde as 9h. O enterro aconteceu pontualmente às 13h. Claudia foi atingida por dois tiros, na manhã de domingo, quando saía para comprar pão, no Morro da Congonha, em Madureira. Após ser socorrida por PMs, ela foi encaminhada ao Hospital Carlos Chagas. No meio do caminho, caiu e foi arrastada pela viatura por cerca de 250 metros. Sob forte emoção, os amigos de Cacau protestaram durante a descida do caixão. Logo após o enterro, moradores voltam para a Avenida Edgar Romro, na entrada da comunidade, para fazer mais uma manifestação contra a violência da polícia. Durante a cerimônia, o amigo da vítima Carlos Roberto Francisco revelou mais detalhes sobre a atuação dos policiais no dia do crime. Carlos foi o primeiro a chegar no local após ela ter sido atingida. Segundo ele, Claudia já entrou morta dentro do carro. Os bandidos estavam na praça e fugiram. Nisso, a Claudia saiu para comprar pão. Não tinha tiroteio. Foi aí que ela foi atingida. Os dois tiros vieram do mesmo lado, no peito e na cabeça – contou ele, que a chama de ‘comadre’. Carlos ainda teria discutido com os PMs no local do crime. – Gritava para eles que tinham matado minha comadre e eles me falaram que eu ia preso se continuasse – afirmou o amigo, que faz questão de prestar depoimento na delegacia.(Extra).