Em meio a protesto de entidades como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público Federal (MPF) e até da Anistia Internacional por causa de ação da Polícia Militar que resultou em 15 jovens negros mortos, no Cabula, em Salvador, no último dia 6, o governador Rui Costa voltou a dizer nesta quinta-feira (19) que a corporação continuará a atuar “com rigor”. Ele disse em entrevista à rádio Metrópole que “a população não aguenta mais tanta violência” e usou o exemplo do carnaval como “exitoso” na atuação da PM. “No todo, saímos do carnaval sem nenhuma imagem de excesso da polícia. Chamo sempre os policiais para agirem dentro dos limites da lei.
Convidei o comandante para ter um ouvidoria forte. Além da relação familiar, a gente tem que ter orgulho da polícia. Isso faz toda a diferença. Se agir dentro da lei, vai ter total apoio, mas defendo a legalidade, o estado de direito. Apesar de os números absolutos serem altos, em janeiro, houve uma redução dos índices de violência. Em Salvador, a redução chegou a 14%”, disse o governador. Rui Costa acredita que tem apoio popular na rigidez que defende. “Vamos visitar duas escolas, uma municipal e uma estadual, além do quartel da Polícia Militar. A população está cansada de ficar refém, a periferia de ficar refém do crime organizado. Nos bairros populares estamos perdendo muitas vidas de jovens, executados por tráfico, por quadrilhas organizadas”.
