O ministro do Esporte, George Hilton, afirmou nesta quarta-feira que não existem evidências de irregularidades com relação à Copa do Mundo de 2014 no Brasil nas investigações de corrupção na Fifa realizadas por autoridades norte-americanas e suíças, que resultaram na prisão do ex-presidente da CBF José Maria Marin.
“Não há evidência nenhuma com relação ao evento nosso na Copa do Mundo, nós estamos super tranquilos. O governo apoia que haja sim investigação, porque nós queremos, sobretudo, que haja clareza e se chegue a soluções a partir dessa investigação”, disse o ministro a repórteres no Rio de Janeiro, ao ser questionado sobre a investigação.
De acordo com o ministro, o governo vai “acompanhar” as investigações, mas por enquanto está descartada uma investigação própria das autoridades nacionais sobre as denúncias de corrupção, que, no caso do Brasil, envolvem, por exemplo, contrato de patrocínio da seleção brasileira com uma empresa norte-americana e a negociação dos direitos comerciais da competição de clubes Copa do Brasil, de acordo com o Departamento de Justiça dos EUA.
“O governo brasileiro vai acompanhar as investigações. Nós defendemos que elas possam esclarecer definitivamente os fatos que foram apresentados e que seja a verdade estabelecida e os eventuais culpados sejam punidos na forma da lei”, acrescentou.
Sete dos dirigentes mais poderosos do mundo do futebol, incluindo Marin, podem ser extraditados para os Estados Unidos para enfrentarem acusações de corrupção após serem presos nesta quarta na Suíça. Além das prisões realizadas a pedido dos EUA, autoridades anunciaram uma investigação criminal sobre a escolha das sedes das duas próximas Copas do Mundo.
Marin, que presidiu a CBF de 2012 a abril deste ano e foi o presidente do comitê organizador local da Copa do Mundo de 2014, está entre sete dirigentes da federação internacional presos em Zurique. Atualmente, ele ocupa um cargo no comitê organizador dos torneios olímpicos de futebol da Fifa. Em entrevista coletiva em Nova York sobre a investigação de irregularidades na Fifa, autoridades norte-americanas disseram que o Mundial de 2014 não fazia parte da investigação.