O número de mortos na série de explosões em um terminal de contêineres com produtos inflamáveis na cidade portuária de Tianjin, no norte da China, na noite de quarta-feira (12), subiu para 50. Incidente levantou polêmica sobre condições de armazenamento dos produtos, segundo a Asssociated Press.
O governo municipal de Tianjin informou ainda que 701 pessoas ficaram feridas, incluindo 71 em estado grave. Entre os mortos, estão 12 dos mais de 1.000 bombeiros enviados para a zona industrial principalmente para combater o incêndio, que começou pouco antes da meia noite. Testemunhas disseram que as imensas chamas clarearam o céu. De acordo com a BBC, elas puderam ser vistas do espaço.
As explosões ocorreram após um incêndio em um armazém da área empresarial e logística de Binhai, um importante núcleo industrial de Tianjin, cidade de cerca de 15 milhões de habitantes que se encontra a cerca de 120 km de Pequim. As causas do incêndio ainda são desconhecidas.
A onda expansiva das explosões chegou a ser sentida a até 10 km de distância. De acordo com o Departamento de Bombeiros de Tianjin, as grandes explosões aconteceram com 30 segundos de diferença e seguidas de outras menores.A magnitude das explosões foi tão grande que os sismógrafos do Centro de Redes de Terremotos da China as detectaram como se fossem tremores. A segunda delas, que causou maiores danos, foi equivalente a uma explosão provocada por 21 toneladas de explosivo TNT, de acordo com o centro.Muitos blocos de edifícios contíguos ao porto, alguns deles construídos recentemente, foram reduzidos a escombros. As explosões ainda destroçaram janelas e portas, sacudiram edifícios e fizeram as pessoas sair correndo para as ruas, segundo informações das autoridades locais e relatos de moradores citados pelo “Beijing News”.
A administração de Tianjin mobilizou uma equipe de peritos químicos para o levantamento de materiais perigosos no local, avaliar os perigos para o meio ambiente e decidir a melhor forma de proceder no combate às chamas. Os bombeiros de Tianjin levaram mais de 16 horas para declarar o incêndio, como informou a agência Efe.
Lição
O ministro de Segurança Pública da China, Guo Shengkun, que coordena a operação de resgate e assistência às vítimas das explosões, declarou que é preciso aprender “uma lição profunda”. Guo acrescentou que deve haver uma imediata inspeção do armazenamento e do transporte de substâncias perigosas para evitar que esse acidente se repita, ainda segundo a Efe. G1.com