O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (27), durante a festa de aniversário do PT, que aceita a quebra dos sigilos bancário e telefônico para esclarecer as suspeitas sobre um triplex no litoral de São Paulo e sobre um sítio em Atibaia, também em São Paulo.
O Ministério Público de São Paulo investiga o ex-presidente por suposta ocultação de patrimônio, relativa a um apartamento triplex. Em outra frente, a Operação Lava Jato, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, investiga todos os imóveis do condomínio no Guarujá onde fica o triplex. Alguns apartamentos do Solaris eram da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) e, em 2009, foram assumidos pela OAS. A PF suspeita que a empreiteira usava os imóveis para pagar propinas de contratos fechados com estatais.
Já o sítio em Atibaia teria tido a reforma custeada pelo pecuarista José Carlos Marques Bumlai e as construtoras OAS e Odebrecht, envolvidos nas investigações da operação Lava Jato, segundo o Ministério Publico. A suspeita é de que Lula seja o dono da propriedade e que tenha registrado o imóvel no nome de terceiros. A propriedade de 150 mil metros quadrados foi comprada por R$ 1,5 milhão.
“Eu aceito até que quebrem meu sigilo bancário, telefônico. Se for esse o preço, que seja. Mas, quando isso acabar, quero que me deem um apartamento e uma chácara”, afirmou Lula durante seu discurso aos militantes do PT.
“Se eu estiver errado, eu mesmo vou dizer para vocês. Agora, depois que esse processo acabar, eu quero que me deem um atestado de idoneidade, porque duvido que haja alguém mais honesto do que eu. Duvido”, desafiou Lula.
Desde o início das investigações, a defesa de Lula nega que ele seja o dono tanto do apartamento quanto do sítio.
Fonte:G1