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Acordo na área de segurança dentro da Ufba divide opiniões de estudantes

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Foto: Marina Silva/CORREIO

O convênio de cooperação técnica entre a Ufba e a SSP ainda nem foi firmado, mas já divide opiniões entre os alunos. Um dos pontos mais sensíveis é a presença da Polícia Militar na universidade. “Acho que isso inibe que pessoas de fora entrem na universidade, o que é um problema, porque a universidade é pública”, questionou Maria Santana, 27 anos, aluna do mestrado em Antropologia. Outro estudante do pavilhão de aulas de São Lázaro acredita que deveria haver mais discussão sobre o assunto. “Deveria ter uma consulta ao corpo acadêmico, estudantil, docente e aos técnicos também. Em um ambiente acadêmico, de conhecimento, democrático, público e federal tudo deveria ser aberto ao voto”, declarou Paulo Henrique, 22.

Na Escola Politécnica, as opiniões são mais favoráveis à presença da PM no campus. “Entendo que muitos não concordem, porque aqui é uma área federal, mas se vier para ajudar, então, não vejo problema”, ponderou Lívio Moreno, 21, estudante de Engenharia de Minas. Uma estudante que preferiu não ser identificada alega que sequer chegou a ficar surpresa quando soube que quatro vigilantes foram rendidos por um grupo armado na última terça-feira, na Escola Politécnica. “A gente até acha estranho que não tenha mais assaltos. É melhor nem divulgar muito para eles não saberem que é tão fácil”, brincou.

Entenda
Um convênio entre a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a Universidade Federal da Bahia (Ufba) está sendo discutido e deve ser firmado dentro de 30 dias, segundo o pró-reitor de Administração, Murilo Philigret. Uma das principais propostas do acordo é que a Polícia Militar tenha acesso às imagens das câmeras de vigilância da universidade.

Casos de violência registrados na Universidade Federal da Bahia este mês
Ataque a posto bancário Quatro vigilantes da Escola Politécnica, na Federação, foram rendidos e presos numa guarita por seis bandidos, na madrugada de terça-feira, quando estavam de plantão. Segundo a polícia, o bando pulou o muro do campus e buscou armas e um maçarico em um carro estacionado no local previamente. O plano era arrombar um posto bancário no local, mas não deu certo e a quadrilha fugiu levando pertences dos seguranças — a maioria atua desarmada.

Morte no campus Erickson Freire dos Santos, 37, morreu após cair de uma altura de
7 m no Instituto de Química, em Ondina, na madrugada do dia 4. Segundo a polícia, ele estava tentando arrombar o portão do Instituto de Física, mas a ação chamou a atenção dos seguranças. Erickson, que trabalhava com manutenção de ar-condicionado, então correu e caiu na ribanceira. Antes de ir à Ufba, e entrar na instituição pela Avenida Garibaldi, ele havia brigado com a namorada.

Na saída  Também no dia 4,  um grupo de alunos foi assaltado no ponto de ônibus em frente à Faculdade de Arquitetura, por volta de 11h30. Dois criminosos armados levaram os pertences de quatro alunos que estavam no local.(Correio24horas)