O valor necessário para suprir as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas por um mês, considerando os itens determinados pela Constituição, deveria ser 4,25 vezes mais que o salário mínimo de R$ 880 em vigor em março (ou R$ 3.750). Os dados são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Segundo o texto da Constituição, o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
O cálculo do Dieese foi feito com base na cesta básica mais cara observada em março, de Brasília, com custo de R$ 444,74. A segunda cesta básica mais cara foi observada em São Paulo (R$ 444,11), seguida por Florianópolis (R$ 441,06). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 325,98), Maceió (R$ 342,55) e Rio Branco (R$ 342,66)
Em média, o trabalhador brasileiro precisou trabalhar 96 horas e 24 minutos para adquirir os produtos da cesta básica.
Veja abaixo as dez cidades com a cesta básica mais cara em março, a parcela do salário mínimo comprometida com o gasto, o tempo de trabalho necessário para comprar os itens e a variação de preço no primeiro trimestre do ano:
Cidade | Valor da cesta | Parcela do salário mínimo | Tempo de trabalho | Variação no ano |
Brasília | R$ 444,74 | 54,93% | 111h11m | 11,56% |
São Paulo | R$ 444,11 | 54,86% | 111h02m | 6,21% |
Florianópolis | R$ 441,06 | 54,48% | 110h16m | 4,01% |
Rio de Janeiro | R$ 440,79 | 54,45% | 110h12m | 10,78% |
Porto Alegre | R$ 420,90 | 51,99% | 105h14m | -0,82% |
Vitória | R$ 418,18 | 51,65% | 104h33m | 7,50% |
Belém | R$ 413,87 | 51,12% | 103h28m | 17,60% |
Belo Horizonte | R$ 408,84 | 50,50% | 102h13m | 10,35% |
Cuiabá | R$ 407,72 | 50,36% | 101h56m | 4,31% |
Curitiba | R$ 400,78 | 49,50% | 100h12m | 2,30% |