O ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB) chegou às 19h13 desta quinta-feira (16) à cadeia pública José Frederico Marques, no complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio. Cabral foi preso no início da manhã, sob a suspeita de receber milhões em propina para fechar contratos públicos. Ele é alvo da operação Calicute, da Polícia Federal e Ministério Público Federal que apura desvios em obras do governo estadual. O prejuízo é estimado em mais de R$ 220 milhões. Além do ex-governador, outras nove pessoas foram presas. Segundo o MPF, Cabral recebia “mesadas” entre R$ 200 mil e R$ 500 mil de empreiteiras em troca de contratos. Cabral chefiava a organização criminosa e chegou a receber R$ 2,7 milhões em espécie da empreiteira Andrade Gutierrez, por contrato em obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), ainda de acordo com o MPF. O esquema, aponta a investigação, também envolvia lavagem de dinheiro por meio de contratos falsos com consultorias e compra de bens de luxo, que incluíam vestidos de festa, joias e uma lancha avaliada em R$ 5 milhões, e até cachorros-quentes de uma festa de aniversário do filho do político. A mulher do ex-governador, Adriana Ancelmo, foi alvo de condução coercitiva, quando alguém é conduzido para depor. Ela é suspeita de ser beneficiária do esquema criminoso. O G1 ligou por volta das 13h para o escritório e para celulares de advogados que representam Cabral, mas não obteve resposta até as 20h. A defesa de Adriana informou que se pronunciará na sexta-feira (18) (G1)