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Brasil: O peradora de Caixa é vítima de boatos em redes sociais de tráfico de crianças

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A vida da operadora de caixa Francineide Freitas Leal, de 27 anos, se tornou um ‘pesadelo’ nos últimos dias, desde que começou a circular na internet um boato de que ela e o ex-marido dela estariam sequestrando crianças para o traficá-las. Ela contou que ficou sabendo que as fotos dela estavam circulando pela internet e aplicativos de celular após ser reconhecida por um cliente de uma farmácia próxima ao local onde ela trabalha, em Cuiabá. “Fui reconhecida por um cliente de uma farmácia que fica ao lado do meu trabalho. O gerente da farmácia veio falar comigo e perguntar se eu estava sabendo das fotos com a mensagem que estava ‘rodando’ na internet”, disse. Até então ela ainda não tinha conhecimento dos boatos, que, na verdades, é crime e já está investigado pela Polícia Civil. De acordo com o delegado Eduardo Botelho, que apura o caso, esses tipos de informações falsas são perigosas para as vítimas. “A integridade física da Francineide e do ex-marido dela estava sob risco. Uma vez que as mensagens são criadas e divulgadas, as pessoas podiam reconhecê-los na rua, abordá-los e até linchá-los”, explicou. O autor das mensagens ainda não foi identificado. Em sua rede social, a operadora de caixa postou mensagens dizendo que a mensagem era mentirosa, mas avalia que não surtiu efeito. “Quero seguir minha vida, ter força para continuar, para cuidar da minha filha e trabalhar”, afirmou. Os caso também surgiram em Santo Antonio de Jesus, onde o delegado tranquilizou a população dizendo que tudo não se passava de um boato.

Prisão do ex-marido: O ex-marido de Francineide foi preso por suspeita de estuprar a filha dele, de 11 anos, e a enteada, de 9. Após a filha contar que o pai abusava dela e da irmã, a vítima disse ter se separado do suspeito. Ele ficou escondido em uma mata perto de Cuiabá desde que a filha tinha o denunciado. Depois, foi reconhecido por um investigador de polícia e levado para a delegacia, na semana passada. O homem de 30 anos está preso em uma unidade prisional de Cuiabá e deve responder por estupro vulnerável. Foram encontrados vídeos, gravados pelo próprio suspeito, que mostram os abusos. Ele pode ser condenado a até 30 anos de prisão. (G1)