O prefeito Marcelo Crivella disse ao GLOBO nesta terça-feira que não descarta a hipótese de as escolas de samba do Rio não terem qualquer subvenção em 2020. Segundo ele, caso a prefeitura consiga que patrocinadores arquem com 100% do que o município repassa, haverá uma ”transição sem traumas” no modelo de financiamento. Nos últimos dois anos, houve cortes na subvenção. No Grupo Especial, a verba caiu de R$ 2 milhões por escola em 2017 para R$ 1 milhão em 2018. Já em 2019, passou para R$ 500 mil por agremiação. Nas divisões de acesso, os valores são ainda menores. – Estamos trocando verba pública por privada. Se em 2020 conseguirmos patrocinadores para 100% das despesas do carnaval, o município não colocará recurso público. E assim teremos feito uma transição sem traumas. Exatamente como se desmama um bebê. Sem traumas – afirmou Crivella.
No desfile do grupo de acesso, na madrugada de sábado, a Acadêmicos do Sossego exibiu uma faixa com críticas contra Crivella devido aos cortes. Em rede social, o prefeito citou uma pesquisa do Instituto Paraná que revela que a maior parte da população brasileira é contra ajuda oficial aos desfiles. O prefeito também argumentou que precisa mobilizar mais recursos para Saúde e Educação. O presidente da Riotur, Marcelo Alves, defendeu que as escolas e a Liesa profissionalizem seus departamentos de marketing e se associem à prefeitura na tentativa de buscar parceiros para que o evento em 2020 seja feito só com recursos privados e sem subvenção do município. O presidente da Riotur acrescentou que o carnaval tem um custo direto da prefeitura que chega a R$ 57 milhões, investimento que será mantido mesmo se as escolas não tenham mais patrocínio público. Neste valor também estão incluídas despesas como apoio ao carnaval de rua. (Informações de O Globo)