A presidente Dilma Rousseff admitiu nesta sexta-feira, 29, que o governo está “perdendo a luta” contra o mosquito Aedes aegypti, mas garantiu que o País vai vencer a “guerra”. “Nós estamos perdendo a luta contra o mosquito. Não vou dizer que estamos ganhando, mas nós vamos ganhar esta guerra”, disse Dilma após participar de uma teleconferência com governadores de cinco Estados que enfrentam o aumento do número de casos de dengue, zika vírus e febre chikungunya. Ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Castro, a presidente disse que não viu problema nas recentes declarações do peemedebista, porque ele fez apenas uma “constatação da realidade”. No início da semana, Castro afirmou que o Brasil “perdeu feio” a batalha contra o Aedes aegypti e disse que houve uma “certa contemporização” com o inseto nos últimos 30 anos.
Dilma afirmou que, como ainda não há uma vacina contra a dengue e o zika, o ideal é que haja uma mobilização de toda a sociedade para eliminar água parada e erradicar os criadouros do mosquito. Segundo ela, o próprio governo vai dar o exemplo e realizar nesta sexta um mutirão de faxina em todos os prédios públicos. “Temos que matar o mosquito de preferência antes de ele nascer. Depois podemos fazer o fumacê, mas aí já perdemos uma parte da guerra”, reforçou. Mesmo com a necessidade de ajuste nas contas, Dilma afirmou que o governo vai garantir todos os recursos e equipamentos necessários para combater o avanço da epidemia. “Não pode faltar dinheiro para essa questão, essa despesa da saúde não sofre contingenciamento”, afirmou. A presidente negou ainda que o governo tenha demorado para enfrentar o problema e destacou que a situação preocupa não só no Brasil, já que podemos estar diante de uma “situação internacional que ameaça a saúde pública”. Na quinta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que o zika vírus já atinge 23 países e que a doença “se propaga de maneira explosiva”.