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Menino de 4 anos morre após cirurgia de fimose; família espera indenização há 23 anos

Foto: Reprodução/ Record
Foto: Reprodução/ Record

Um menino de quatro anos morreu em consequência de uma cirurgia de retirada de fimose, e sua família desde então busca uma indenização do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), onde foi realizado o procedimento. Em 1992, Luiz Felipe começou a acordar durante sua cirurgia, então o anestesista aplicou mais medicação e se retirou da sala, segundo o R7. No entanto, o menino apresentou uma reação alérgica e uma consequente parada cardíaca que foi detectada tardiamente, já que o oxímetro (aparelho que mede batimentos cardíacos) estava desligado. “Quando o cirurgião percebeu, o Luiz Felipe estava parado há mais de cinco minutos”, disse a mãe da criança, Rita. Segundo ela, os médicos informaram que o equipamento estava quebrado. Devido ao problema, o menino teve uma lesão cerebral e saiu da operação paralítico, sem falar e com a visão comprometida. O centro médico admitiu o erro e demitiu o anestesista, que alegou ter saído da sala para atender outro paciente. “O hospital errou porque o equipamento estava quebrado, mas o médico entrou em uma cirurgia sem o equipamento estar funcionando e ficou ausente no momento da cirurgia. O Felipe ficou com o cirurgião. O anestesista deu a anestesia e saiu”, contou a mãe. Tanto o hospital quanto o anestesista foram condenados a pagar multa. Durante três anos depois do procedimento, a família pagou todo o tratamento da criança. Apenas em 1996, após campanhas, a USP começou a pagar o tratamento. Contudo, Luiz Felipe morreu em junho daquele ano. Cerca de 23 anos após a cirurgia, a família da criança ainda busca uma indenização pelo erro médico, cobrando apenas o valor gasto durante o tratamento posterior. Em 2013, foi estabelecido uma indenização no valor de R$ 65.245,95, porém a universidade contestou problemas com notas fiscais.