Dois dias após o terremoto de magnitude 6,9 graus na escala Richter na Indonésia, as equipes de emergência conseguiram tirar algumas pessoas presas sob os escombros ainda com vida. O tremor de domingo (5) deixou pelo menos 105 mortos e feriu outras 236 nas ilhas de Lombok e Bali. O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho, afirmou que as equipes retiraram um sobrevivente dos destroços de uma mesquita que desabou no norte de Lombrok, a região mais afetada pelo tremor, com 72 mortos. “O trabalho ainda continua com as equipes do SAR (Busca e Resgate). Esperamos que possamos salvar muitos”, afirmou. Milhares de turistas tentam sair de Lombrok em embarcações ou em voos que partem com atraso no aeroporto internacional da ilha. Vários estrangeiros passaram a noite no local em busca de passagens. Faik Fahmi, diretor da Angkasa Pura, empresa que administra o aeroporto, disse que cerca de 1.000 pessoas passaram a noite no local.
Normalmente, cerca de 100 voos saem e chegam em Lombok, mas ontem muitos foram cancelados. “Vamos aumentar o número de voos”, afirmou Fahmi, que disse estar distribuindo comida, água e cobertores aos turistas. Cerca de 7.000 turistas foram evacuados do arquipélago das ilhas de Air, Meno e Trawangan. O Ministro Coordenador de Política e Assuntos de Segurança, Wiranto, afirmou nesta terça-feira (7) que os visitantes foram transferidos de barco a Lombok. Segundo o escritório de imigração do arquipélago, sete estrangeiros — um dinamarquês, um americano, uma britânica, um francês, uma belga, uma tcheca e uma sul-coreana — ficaram feridos e tiveram que ser internados em um hospital local. A ilha de Lombok, dominada pelo vulcão Rinjani, está no leste de Bali, principal destino turístico da Indonésia. O país fica sobre o chamado “anel de fogo” do Pacífico, uma área de grande atividade sísmica e vulcânica onde são registrados 7.000 terremotos por ano, a maioria deles de intensidade moderada. O terremoto de domingo desencadeou pelo menos 230 tremores secundários. O efeito ainda deve continuar pelas próximas duas semanas. (Com EFE)