Todos os casos confirmados foram acompanhados pela Secretaria Municipal de Saúde, através do Programa de Leishmaniose
O número de casos de leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, cresceu nos últimos dois anos em Feira de Santana. Enquanto em 2013 foram diagnosticados cinco casos da doença em humanos, no ano passado foram confirmados dez casos. Até abril deste ano, a Vigilância Epidemiológica já confirmou dois casos: um no distrito de Humildes e outro na Matinha.
De acordo com a prefeitura, todos os casos confirmados foram acompanhados pela Secretaria Municipal de Saúde, através do Programa de Leishmaniose, desenvolvendo ações que incluíram desde o monitoramento dos pacientes internados em unidades hospitalares, a ações de bloqueio com o uso de inseticida para a eliminação do vetor na área, além do trabalho de educação em saúde juntamente com a comunidade dos bairros com casos positivos.
Os bairros que apresentaram casos no ano passado foram o Alto do Papagaio (2), Gabriela (1), Pedra do Descanso (1), Jardim Cruzeiro (1), Tomba (1) e Pampalona (1). No distrito de Maria Quitéria três pessoas foram diagnosticadas com a doença. Segundo a enfermeira de referência da Vigilância Epidemiológica, Thaís Peixoto, “a doença não é contagiosa, nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro. A transmissão ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea (conhecido como mosquito palha) infectado”.
“Eles se aproveitam de entulhos, folhagens e do lixo para se proliferar. Por isso, as pessoas devem evitar o acúmulo de matéria orgânica, embalando sempre o lixo e colocando telas nas janelas. Além do cuidado com a saúde dos cães domésticos, pois eles podem transformar-se em reservatórios do parasita, transmitindo para outras pessoas quando os mosquitos picarem o cão doente”.
EM ANIMAIS
Thais diz que os sintomas mais comuns da doença no humano incluem o aumento do fígado e do baço, febre, perda de peso, palidez, inchaço e sangramento em alguns casos. “Varia de um paciente a outro”, observa. Ainda de acordo com Thaís Peixoto, todos os casos humanos confirmados são tratados em unidades hospitalares. “Este tratamento é disponibilidade pelo SUS mesmo que o paciente esteja internado em unidade privada”, acrescenta.
A leishmaniose também pode acometer cães e gatos. Neste caso, não há cura e o animal tem que ser sacrificado. Os sintomas comuns são a queda no pelo em volta dos olhos, ferimentos nas pontas das orelhas, apatia, crescimento exagerado das unhas e perda acentuada no peso. A doença apresenta maior número de casos nos animais. Quando há suspeitas deve-se comunicar o Centro Municipal de Controle de Zoonoses.