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Bolsonaro visita Chile, primeiro a romper com onda de esquerda na América Latina

Foto: Reuters / BBC News Brasil

Quando desembarcar em Santiago do Chile nesta quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro poderá sentir-se, de certa forma, em casa: em 2010, o país andino foi o primeiro da América Latina a romper a “onda” de governos de esquerda e de centro-esquerda – justamente com a primeira eleição do economista e político Sebastián Piñera. Em seu segundo mandato presidencial, Piñera é o anfitrião de Bolsonaro e o receberá para um jantar no palácio de La Moneda, no sábado.  A saída de Bolsonaro de Brasília está marcada para meio-dia desta quinta-feira (21) – ele deve chegar a Santiago por volta das 16h10. O primeiro compromisso é um jantar na residência oficial do embaixador brasileiro no Chile, Carlos Sérgio Duarte. Bolsonaro está completando 64 anos de idade, deve comemorar a passagem na casa do embaixador. Antes da festa, o presidente deve fazer uma “live” no Facebook por volta das 19h.

Viajam com o presidente três ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores); Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional, o GSI). Também estarão na viagem o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, e Hélio “Bolsonaro” Lopes (PSL-RJ). Hélio é amigo pessoal do mandatário brasileiro. Na sexta, Bolsonaro e Piñera participaram de uma reunião com os presidentes mais cinco países da América Latina – todos de direita ou centro-direita: Mauricio Macri (Argentina); Ivan Duque (Colômbia); Mario Abdo Benítez (Paraguai) e Martin Vizcarra (Peru).

Na reunião, esses líderes discutirão a possível criação de um novo organismo internacional na América Latina, para substituir a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) – entidade considerada “de esquerda”. O novo organismo está sendo chamado informalmente de “Prosul” – mas não há mais detalhes até o momento. Segundo o chanceler brasileiro Ernesto Araújo, é justamente Piñera quem trouxe a ideia de “trocar” a Unasul. O ministro confirmou na quarta-feira (20) a saída do Brasil e de outros países do organismo. “Gostamos muito da ideia que o Chile vem conduzindo que é a de substituir a Unasul, que é um organismo que não faz mais sentido, que foi criado e nasceu com vício de origem”, disse Araújo. Conteúdo do Terra