A fabricante de automóveis norte-americana General Motors (GM) estima em 97 a quantidade de vítimas fatais em acidentes vinculados a uma falha mecânica em alguns de seus automóveis e que gerou a retirada tardia de 2,6 milhões de veículos no ano passado. O balanço anterior apontava 90 mortos.
As falhas na ignição de alguns veículos GM também deixaram pelo menos 12 feridos graves e 167 pessoas com ferimentos mais leves, de acordo com a última contagem atualizada em 1º de maio pelo fundo de indenização instalado pelo fabricante. Os número podem ser maiores, já que 669 casos continuam sendo analisados, dos quais 45 envolvem mortes. As vítimas e as famílias tiveram até o dia 31 de janeiro para apresentar seus casos.
O maior fabricante de automóveis do mundo é acusada de ter comercializado automóveis cujo sistema de ignição era tão sensível que o mínimo solavanco poderia causar o desligamento do motor de um carro em alta velocidade, trancando a direção e impedindo a saída dos airbags. Este defeito mecânico, conhecido desde 2005 pela GM, gerou investigações feitas pelo Departamento de Justiça, pelo organismo que controla os mercados financeiros (SEC) e pelo Congresso americano.
Em abril, a justiça americana declarou prescrita a maioria das causas sobre mortes, acidentes e incidentes vinculados a esta falha ocorridas antes da quebra da GM em 2009. A GM prevê pagar um milhão de dólares por morte, ao que se somam 300.000 dólares para o cônjuge sobrevivente e 300.000 dólares para cada um dos eventuais beneficiários. Para as vítimas que sofreram alguma sequela física, o valor varia de 20.000 dólares a 500.000 dólares.