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Brasil: Japonesa sofre tentativa de estupro e diz que foi ‘ignorada’ por testemunhas no Ceará

Foto: TV Diário/Reprodução
Foto: TV Diário/Reprodução

A japonesa Rika Yamane gritou e se debateu ao sofrer uma tentativa de estupro na Praia do Futuro, em Fortaleza (CE), na última sexta-feira (29). Mesmo assim, segundo ela, nenhum dos pedestres que presenciaram a cena teriam tentado ajudar a turista. O caso foi contado por Rika em seu perfil no Facebook. “Ele tentou me estuprar. Não sei onde acertei, mas dei várias cotoveladas onde e enquanto consegui para que não me tocasse. Várias pessoas passaram pela rua e viram mas fui ignorada. Quem vinha na direção e percebia simplesmente dava meia volta ou atravessava a rua”, afirmou. A vítima contou que foi abordada pelo criminoso quando caminhava pelo calçadão. “Fui atacada pelas costas, primeiro com uma paulada na cabeça e vários socos e joelhadas na cara. Juntei todas as minhas forças, foquei em fugir e comecei a gritar o mais alto que conseguia e a dar cotoveladas nele”, lembra. Segundo o G1, após não conseguir consumar o estupro, o suspeito pegou o iPod da vítima, mas foi surpreendido por outro homem, que veio do outro lado da rua. “Fiquei com medo de ser atacada por dois. Mas em vez disso, ele o agarrou e mandou deixar eu ir porque era mulher”, relatou. Yamane foi socorrida por um pedestre que passeava com cães e conseguiu gelo para cuidar dos ferimentos. Depois, foi levada pela polícia para prestar depoimento e fazer exames. O suspeito foi preso horas depois, quando tentava cometer outro crime. “Depois de tentar estuprar a turista, ele foi até a própria casa se armar com um facão. Tentou assaltar os passageiros e o motorista de micro-ônibus, mas foi detido por policiais e conseguimos evitar um possível novo caso de violência”, explicou o sargento da Polícia Militar Valdir Sombra. Rika, que é natural do Japão e mora em Curitiba, estava em Fortaleza para participar de um evento. Em sua mensagem, ela agradece por estar viva, mas aproveita para cobrar mais segurança. “Lutei, lutei, lutei para conseguir escapar e poder falar aos meus pais que estou bem. Mas isso não é o suficiente. Eu quero que daqui a poucos anos nossos filhos e netos possam transitar tranquilos por qualquer rua, bairro de qualquer cidade, de qualquer estado deste país”, completou. (G1).