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Marina se diz atacada por ser ‘filha de pobre, preta e evangélica’

"Desde que subiu nas pesquisas, Marina tem sido alvo de fortes ataques, principalmente partidos do PT"
“Desde que subiu nas pesquisas, Marina tem sido alvo de fortes ataques, principalmente partidos do PT”

JOÃO PESSOA – A candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, afirmou  neste sábado, 13, em um comício em João Pessoa, capital da Paraíba, que virou alvo de críticas por ser “filha de pobre, preta e evangélica”. Marina acusou seus adversários de promoverem uma “campanha de ódio” contra ela e sua candidatura. “Onde já se viu querer que a gente diga a verdade sobre a sua trajetória e a sua biografia? Filha de pobre, preta e evangélica é para ser desrespeitada, caluniada, tratada com preconceito”, ironizou. Disse também que o Brasil sempre foi um país tolerante com as diferenças, onde as pessoas convivem “de forma respeitosa, amorosa, acolhedora entre quem crê e quem não crê, entre quem é católico e quem é evangélico”. Agora, no entanto, prosseguiu, os adversários  “começaram uma campanha de ódio”.

Sem especificar se falava da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, ou do rival tucano Aécio Neves,  a ex-ministra do Meio Ambiente afirmou que “eles” se recusam a dizer a verdade sobre a sua trajetória de vida.  “Quando eu peço para eles pararem com a mentira e com a calúnia, eu estou me fazendo de vítima. Olha como a política ficou perversa. Você é apunhalada, caluniada e tem de ficar calada e sorrir agradecida, porque senão eles reclamam.” Rivalidade. Desde que subiu nas pesquisas, Marina tem sido alvo de fortes ataques, principalmente partidos do PT, partido do qual fez parte por mais de duas décadas. A estratégia de campanha da presidente Dilma é desconstruir a imagem da ex-ministra, para que a petista inverta as tendências e tenha maior chance de vitória no segundo turno.

Esses ataques, que se estenderam por toda a semana, partiram até mesmo da presidente Dilma – que disse neste sábado, 13, que quem deseja ser presidente “tem de aguentar a barra” – e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o qual  Marina “não precisa contar inverdades” a respeito dele.  Apesar de a campanha da presidente centrar sua artilharia em questões mais ligadas à área econômica, ela também mencionou que Marina havia mudado o seu programa de governo na parte que diz respeito aos direitos da comunidade gay depois de ser pressionada pelo pastor Silas Malafaia pelo Twitter. Neste sábado, num outro evento de campanha na cidade paraibana de Campina Grande, Marina afirmou que jamais imaginou que a primeira mulher eleita presidente do País iria tentar “destruir” outra mulher que tentasse chegar à Presidência.