Os festejos juninos de Ubaitaba já foram consagrados como um dos melhores do sul da Bahia. E a cidade recebia milhares de visitantes para a empolgação de noite alegres e coloridas, onde as iguarias típicas eram degustadas, com licores que ajudavam esquentar mais ainda a animação musical de bandas dos mais concorridos níveis de forró.

E a zabumba, o triângulo e a sanfona garantiam ritmos característicos dos espetáculos das quadrilhas e dos passos e contra-passos dos caipiras que dançavam sem parar. Ubaitaba se enfeitada inteira. As bandeirolas embelezavam suas ruas e praças. As fogueiras iluminavam as noites e os fogos anunciavam que a brincadeira não podia parar.

E todo mundo ganhava. As pessoas se divertiam bastante. Os hotéis expunham suas placas de lotados. Os restaurantes estavam sempre “fechados para o almoço”! Ubaitaba se destacava como ótima referência de festas juninas. Entretanto, os tempos passaram e deixaram apenas na memória, o tempo em que não existia nenhum contra-tempo na organização do São João. Surgiu o medo da violência e até latrocínio tem ocorrido atualmente.

A violência foi fato recorrente sob as bandeirolas da Avenida Presidente Vargas. Vieram as bandas de axé music, os ritmos estranhos as melodias extraídas das sanfonas. E nenhuma música foi tão mequetrefe quanto o arrocha. Nos três primeiros dias de festas, o que mais se ouviu no São João de Ubaitaba, não tinha nada a se ouvir de forró. As tradições populares foram atropeladas no item musical.

O arrocha reinou. E aí está minha perplexidade. A Prefeitura não podia ter sido tão impertinente neste contexto. Ela deveria fazer a programação ser fiel as origens dos festejos juninos. E o que se ouviu, é o que não quero mais ouvir: músicas do arrocha atropelando o forró em festas de São João.

Por: Val Cabral (Radialista de Itabuna)